O jornal "Le Monde" refere, esta segunda-feira, que a UCI escondeu um teste antipoding positivo realizado na 1.ª etapa da Volta a França de 1999, a 1.ª das sete que acabou por ganhar.
O jornal francês publica partes de um documento em que Armstrong reconhece "não estar a tomar qualquer medicamento ou a ser sujeito a tratamento". Mais tarde, ao ter conhecimento que acusara positivo, o norte-americano apresentou uma receita para justificar esse resultado.
Para o "Le Monde" essa receita é aquela a que Armstrong se referiu durante a entrevista a "Oprah".
O jornal relembra que em 20 de julho de 1999 publicou um texto que denuncia que Armstrong teria acusado positivo num controlo, efetuado 16 dias antes, o que valeu fortes críticas, em particular da então presidente da UCI, o holandês Hein Verbruggen.
Sem nunca ter divulgado a data da receita, a UCI publicou no dia seguinte um comunicado em que manifestava apoio total ao ciclista norte-americano, acusando o diário francês de fazer acusações infundadas, uma vez que Armstrong apresentou uma prescrição médica que o autorizava a tomar corticoides.
"A UCI protegeu o ciclista aceitando um documento falsificado. Demos provas da mentira de Armstrong e em vez de pressionar o ciclista, a UCI preferiu gastar toda a sua energia em demonstrar a inocência do corredor", disse Gilles Smadja, chefe de gabinete da então ministra do desporto francesa.
Recentemente, a UCI decidiu abrir uma comissão independente de investigação, no sentido de determinar se houve pessoas, dentro da organização, que ajudaram Lance Armstrong a ocultar as suas práticas dopantes.
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