A União Ciclista Internacional (UCI) expressou, esta sexta-feira, a satisfação com a confissão de Lance Armstrong, que admitiu ter-se dopado, considerando que esta elimina qualquer dúvida sobre um possível encobrimento por parte do organismo.
Em comunicado, redigido pelo presidente da UCI, Pat McQuaid, o organismo refere-se à confissão de Armstrong como um "passo importante" para o "restabelecimento da confiança no desporto" e para corrigir os "danos causados ao ciclismo".
"Lance Armstrong confirmou que não houve cumplicidade ou conspiração entre a UCI e ele. Não houve testes positivos encobertos e [Armstrong] confirmou que as suas doações à UCI foram para ajudar à luta contra o doping", acrescentou McQuaid.
O presidente da UCI referiu-se à confissão do texano como "perturbadora", por confirmar "um conjunto de crimes, incluindo a dopagem durante toda a sua carreira, a implicação do doping em toda a equipa, as mentiras constantes a todo o Mundo e a emissão de uma prescrição médica falsa para justificar o resultado de um teste positivo".
McQuaid vê, no entanto, coisas positivas neste "terramoto", como evitar e prevenir a repetição dos erros do passado. "Lance Armstrong também disse, e com razão, que o ciclismo é hoje um desporto completamente diferente do que era há 10 anos. Em particular, a criação por parte da UCI do passaporte biológico em 2008, que nos tornou na primeira federação desportiva a fazê-lo, e que fez uma diferença real na luta antidoping", lê-se.
O comunicado termina com uma mensagem de "agrado" do presidente da UCI em relação a Armstrong, por este ter "expressado o seu desejo de participar num processo de verdade e reconciliação".
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