O italiano Filippo Pozzato foi suspenso por três meses com efeitos retroativos, por ter tido contactos com o médico Michele Ferrari, e só pode voltar a correr após 18 de setembro, perdendo os campeonatos do Mundo.
A pena, anunciada esta terça-feira pelo Comité Olímpico Italiano (CONI), prevê ainda o pagamento de 2 mil euros de custas processuais e 10 mil euros de multa.
O vencedor da Milão-Sanremo de 2006, para o qual o procurador pedia um ano de suspensão, foi convocado por este para se explicar sobre as denúncias do jornal "La Republica", segundo o qual Pozzato manteve contactos com Michele Ferrari entre 2005 e 2010. O corredor admitiu que a Federação Italiana de Ciclismo proibiu, há vários anos, qualquer contacto entre os seus licenciados e o médico, antigo preparador físico do norte-americano Lance Armstrong e alvo de um inquérito do tribunal de Pádua.
A suspensão de Pozzato, que não foi selecionado para os Mundiais de estrada, que se realizam em Maastricht, na Holanda, entre 15 e 23 de setembro, tem efeitos entre 19 de junho passado e 18 de setembro. Ferrari, responsável por programas de preparação de vários corredores, foi acusado de ser um dos pioneiros da utilização de eritropoietina (EPO) no desporto e chegou a afirmar, em 1994, que esta substância era "tão prejudicial quanto sumo de laranja".
Em 2001, Armstrong admitiu que mantinha contactos com Ferrari, mas negou que alguma vez o médico lhe tivesse aconselhado a utilização de EPO. O italiano Filippo Simeoni acusou o clínico de lhe ter recomendado EPO e testosterona, além de lhe ter dado conselhos para evitar que as substâncias fossem detetadas em controlos antidoping. Um processo então aberto acabou com a absolvição de Ferrari, mas o seu nome volta a estar no centro das atenções com a acusação da Agência Antidopagem Norte-americanas (USADA) a Lance Armstrong e a tal investigação da procuradoria de Pádua, que suspeita que o médico recebeu 465 mil dólares do texano em 2005.
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