O "eterno" cazaque Alexandre Vinokourov tornou, este sábado, inesquecível a sua última época como profissional, ao contrariar o favoritismo britânico para conquistar, em Londres'2012, o ouro na prova olímpica de fundo que lhe escapou em Sydney'2000.
"É magnífico despedir-me assim. É uma bela maneira de colocar um ponto final na minha carreira. O [Laurent] Jalabert, o [Richard] Virenque pararam desta maneira e eu queria imitá-los", confessou, garantindo que estará no contrarrelógio de quarta-feira apenas para "passear as pernas". Personagem polémica, "Vino", como é conhecido, teve o seu nome associado ao doping, sendo mesmo suspenso por um ano em 2007, e a outros escândalos, como a compra de um triunfo na Liège-Bastogne-Liège de 2010, ao russo Alexandr Kolobnev, por 100 mil euros.
O cazaque, herói nacional no seu país, tem 52 vitórias no currículo, entre as que se destacam a Vuelta'2006, a medalha de prata em Sydney'2000, o terceiro lugar no Tour'2003 e o quarto posto na mesma prova, dois anos depois.
Por seu lado, Uran, o colombiano da Sky, de 25 anos, não ficou desapontado com a prata, antes pelo contrário:
"Olhei por um momento para a direita e ele arrancou, mas já não tinha muitas forças para o sprint, porque há 10 quilómetros que ia na força máxima", disse.
Já Mark Cavendish, o grande derrotado do dia, elogiou o comportamento da sua equipa: "Sinto-me orgulhoso de como os rapazes correram hoje. Tenho orgulho no meu país, porque tivemos um apoio incrível".
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