Wiggins: Conheça o britânico que fez história em Paris

A vida do britânico que fez história na edição 99 da Volta a França. As vitórias, as tristezas e as metas do homem que atinge o topo da carreira nos Campos Elísios, após um Tour dominado por completo pelo ciclista da Sky.

Bradley Wiggins é um nome que aparece a partir de agora nos registos do Tour. Mas a história deste ciclista britânico de 32 anos começou em 2009, quando terminou a Volta a França no quarto lugar da geral. Um resultado que na altura foi completamente inesperado. Wiggins era já um especialista no contra-relógio mas teve de perder 10 quilos para poder tornar-se um trepador regular.


Agora, que chegou aos Campos Elísios vestido de amarelo, o ciclista britânico recorda, ao Eurosport, os tempos de criança: "Lembro-me de quando era criança assistir ao Tour na televisão, com 10, 11 ou 12 anos… eram os anos do Indurain. E sonhava que um dia poderia vencer o Tour, mas nunca pensei que poderia tornar-se realidade. Um rapaz a crescer no centro de Londres, como é que iria vencer o Tour? E por isso todas estas coisas tornaram o caminho percorrido realmente incrível.”



Pode dizer-se que este ano correu tudo de feição a Wiggins, com as ausências de Alberto Contador e Andy Schleck e sem contar com o facto de Cadel Evans, o campeão em título, não estar na sua melhor forma. Mas em 2011 o cenário foi bem diferente como recorda o ciclista: “Cair no último ano e assistir à última semana da Volta a França sentado em casa. Ver o Cadel vencer há um ano em Grenoble e ver aquilo por que estava a passar e como estava feliz… Foi isso que me motivou e levou a pensar que queria sentir-me como ele se sentiu. É sem dúvida isso.”


O caminho de Wiggins para o Tour começou a delinear-se com as vitórias no Paris-Nice, no Critérium de Dauphiné e na Volta à Romandia: "Em termos desportivos, aquilo para que trabalhas, o que alcanças, é preciso trabalhar, é necessário teres rotinas na tua vida, aspirar a algo. É o que te mantém motivado diariamente e foi o que me marcou nos últimos quatro anos. Por isso, desportivamente falando… sim, foi o meu maior triunfo na carreira mas só venci o Tour! O que é que há de melhor para vencer? Foi talvez a maior felicidade em termos profissionais, mas não a melhor da minha vida.”

No palmarés de Bradley Wiggins estão ainda seis medalhas olímpicas, quatro de bronze e duas de ouro alcançadas em Pequim 2008.

Agora o britânico quer vencer em casa, nas olimpíadas de Londres. E para isso vai tentar a sorte no contra-relógio de estrada e na prova por equipas, também em estrada.