Campeão do mundo parte como favorito ao título na mais longa Clássica do calendário WorldTour. Conheça os pontos de interesse da prova e quem está bem colocado para contrariar o britânico da Sky.

Do Castello Sforzesco, em Milão, até ao Lungomare Italo Calvino, no longo passeio marítimo que apresenta o que há de melhor na Riviera italiana, distam 280 km. Assim é a Classicíssima, a primeira grande clássica da temporada, que marca a abertura da época dos “Cinco Monumentos” – os restantes são Volta à Flandres, Paris-Roubaix, Liége-Bastogne-Liège e Giro da Lombardia.
Para este ano o percurso é exatamente igual ao de 2011, que viu Matthew Goss ser o mais forte num sprint com figuras tão ilustres como Fabian Cancellara, Philippe Gilbert, Alessandro Ballan, Filippo Pozzato, Michelle Scarponi, Yohan Offedo e Vincenzo Nibali.
No top 8 da edição anterior não esteve Mark Cavendish, vencedor em 2009. Para recriar o momento, a Sky rodeou o campeão mundial de três homens que estiveram nessa vitória – Bernhard Eisel, Thomas Löfkvist e o novo fiel amigo do britânico, Edvald Boasson Hagen.
Cav já leva quatro vitórias na temporada, a última no Tirreno-Adriático, pelo que é considerado o grande favorito. Além disso conta com uma Sky em estado de graça e a quem tudo tem saído bem em 2012.
AS ALTERNATIVAS: GOSS, CANCELLARA, BOONEN, FREIRE E A LIQUIGAS
Conhecida como a clássica dos sprinters, La Primavera dificilmente terá outro cenário que não seja uma discussão entre os homens mais rápidos. Não obstante, basta olhar para 2011 para se perceber que as quedas e as subidas de Cipressa (km 275,9) e Poggio (km 291,8) podem ditar outro desfecho.
Neste sentido, o início do ano promete levar para Itália as versões melhoradas de Tom Boonen (Omega – 5 vitórias) e Oscar Freire (Katusha – 2 vitórias), claramente a viverem um período de renascimento das cinzas. Claro que a estes nomes há que juntar o de Matthew Goss, que vai defender o título e que chega depois de ter vencido o crono coletivo no Tirreno-Adriático com a GreenEdge.
Abrindo mais o leque de candidatos surge Fabian Cancellara, vencedor em 2008, segundo no ano passado e que vem numa sequência interessante de vitórias (Strade Bianche e contra-relógio individual no Tirreno). Bem mais tenso será o ambiente dentro da BMC de Philippe Gilbert e Greg Van Avermaet. A equipa americana ainda não venceu e os problemas físicos de Avermaet aliados à má forma de Gilbert podem não ajudar a esta pretensão. A ausência de Thor Hushovd devido a febre só veio piorar o cenário.
Da longa lista de partida – 200 ciclistas – há muito por onde escolher. Alessandro Petacchi (vencedor em 2005) e André Greipel são homens que podem bater a concorrência, mas é preciso fazer uma referência especial à Liquigas, que vai levar o seu duo dinâmico Vincenzo Nibali-Peter Sagan que no Tirreno-Adriático dominou os dias decisivos.
VENCEDORES DA ÚLTIMA DÉCADA2001 Erik Zabel (GER) Team Telekom | 2002 Mario Cipollini (ITA) Acqua & Sapone-Cantina Tollo | 2003 Paolo Bettini (ITA) Quick Step-Davitamon | 2004 Óscar Freire (ESP) Rabobank | 2005 Alessandro Petacchi (ITA) Fassa Bortolo | 2006 Filippo Pozzato (ITA) Quick Step-Innergetic | 2007 Óscar Freire (ESP) Rabobank | 2008 Fabian Cancellara (SUI) Team CSC | 2009 Mark Cavendish (GBR) Team Columbia-High Road | 2010 Óscar Freire (ESP) Rabobank | 2011 Matthew Goss (AUS) HTC-Highroad
Eurosport - Gonçalo Moreira
Nenhum comentário:
Postar um comentário